Eu sei – ou algum “lugar” dentro de mim conhece – que a noite no deserto é outro caminho, contraditório. Sóbrio, mas acolhedor. Frio, mas suave. Apesar da crueza do ambiente, penso que há algo de tocante em um deserto, especialmente à noite, talvez porque – me parece – a luminosidade reflita melhor diferentes texturas e a amplidão ofereça a idéia de passagem. Olha aí, outra vez: passagem -> caminho.
Lembro-me de inúmeras vezes em que sonhei (acordada) dormir no deserto como faziam os caubóis desbravadores do Oeste americano. Um cavalo, uma fogueira, um café aguado no bule e a sela por travesseiro... É preciso se fazer deserto para ouvir o murmúrio da noite e conhecer seus segredos.
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