Tsc, tsc, tsc...
Sem chance, garota, me diz a (má) sorte. Só pode ser a sorte má porque destino não faz assim. Aliás, nem acredito em destino... Mas, reparando bem, talvez seja melhor: meu olhar maduro percebe o seu encanto de outra forma. A paixão é atenta, mas o desejo de proximidade aparece brando e compreensivo: quem sabe, algum dia, eu possa chegar como quem não quer nada, passinhos miúdos, olhar tímido, pernas bambas de emoção e encaixar meu “metro e sessenta e quatro de baixaltura” justinho debaixo do seu queixo num abraço elíptico, carinhoso e demorado. E eu poderia esticar minhas mãos para sentir devagarzinho, com a ponta dos dedos, a geografia do seu rosto e a textura dos seus cabelos (Ah, sempre eles, meu cravo, meu cheiro! Longas investidas contra a solidão, meu peixe voador! Aí meu desejo assoma violento, à moda Wando: eu queria me enroscar toda nos seus cabelos, te beijar inteiro...).
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